1ª
Guerra Indo - Paquistanesa
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Período |
1965 |
Área
do conflito |
Sul
da Ásia |
Protagonistas |
Índia
e Paquistão |
Histórico |
A
região da Caxemira, do ponto de vista estratégico, tinha
importância tanto para a Índia quanto para o Paquistão
e sua perda era inadmissível para ambos. Já haviam lutado
por ela nos anos de 1947-48, ficando dividida entre os dois por uma linha
de cessar-fogo. Tentativas de solução para o problema frustraram-se
e as negociações foram suspensas em maio de 63 e seis meses
depois a Índia acelerou o processo de integração
da Caxemira ao seu território. Descrente de um acordo, o Paquistão
optou pela força militar a fim de impedir a anexação.
Em janeiro de 1965, houve choques entre as guarnições da
fronteira e em abril, aproveitando que o rearmamento do Exército
indiano não estava completo e que suas tropas estavam concentradas
próximo à China, o governo paquistanês determinou
que uma brigada atacasse a área, precariamente defendida. Os indianos
revidaram com duas brigadas, mas os combates não foram de grande
intensidade e produziram menos de 100 mortos em seis meses. Os combates
foram suspensos em junho de 65 e os dois líderes concordaram em
retornar à situação anterior. Porém forças
especiais paquistanesas estavam treinando guerrilheiros e fomentando a
revolta dos mulçumanos da Caxemira contra a dominação
indiana. Essas tropas irregulares fustigaram as unidades do Exército
indiano, que foi obrigado a usar três Divisões de Infantaria
para contê-las. O XV Corpo indiano capturou a passagem de Haji Pir,
próxima a capital Muzaffarabad e para aliviar a pressão
a 12a.Div.Inf. paquistanesa tomou a fortaleza de Chamba e avançou
pelas planícies em direção a Akhnur, onde a sua 7a.Div.Inf.
foi retida por duas brigadas indianas. A Operação Enigma,
preparada pela Índia para capturar a margem leste do canal de Ichogil,
usando os I e XI Corpos e a 1a.Div.Blindada, desfechada em 6 de setembro,
foi um trágico fiasco. Mobilizando suas defesas em cinco pontos
ao longo do canal, os paquistaneses não só rechaçaram
o ataque como contra-atacaram, perseguindo os soldados indianos pelos
canais de irrigação e plantações da região.
Somente ao sul de Lahore as forças indianas triunfaram. A cidade
de Chawinda não foi tomada devido à feroz defesa dos paquistaneses.
Sob forte pressão internacional, um cessar-fogo foi assinado em
23 de setembro de 1965. |
Forças
envolvidas |
Índia:
I, XI (7a. e 15a.Div.Inf; 4a.Div.Montanha) e XV Corpos de Exército,
1a. Divisão Blindada, 2a. Brigada Blindada, 26a. Divisão
de Infantaria e 191a. Brigada de Infantaria; caças Mig 21, Hawker
Hunter e Mystère. Perdas: cerca de 6.000 mortos e feridos; 375 tanques; 35 aviões. Paquistão: 7a., 10a., 11a. e 12a. Divisões de Infantaria, 5a. Brigada Blindada, 6a. Divisão Blindada; caças F-104 Starfighter e F-86 Sabre. Perdas: cerca de 5.000 mortos e feridos; 350 tanques; 19 aviões. |
Principais
batalhas |
Captura
da passagem de Haji Pir, tomada do forte de Chamba, batalha pelo canal
de Ichogil e ataque a cidade de Chawinda.
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Resultado
final |
As ofertas soviéticas de ajuda militar aos dois lados, levaram a Índia e Paquistão a aceitar a retirada de suas tropas e retorno à situação de antes da guerra. O jogo paquistanês para a conquista da Caxemira enfraqueceu o governo militar e aumentou o descontentamento interno, principalmente no Paquistão Oriental, que se tornaria independente em 1971, resultando na República Popular de Bangladesh. © www.militarypower.com.br |