Guerra
Árabe - Israelense
|
Período |
1956 |
Área
do conflito |
Oriente
Médio |
Protagonistas |
Egito
e Israel (apoiado por França e Grã-Bretanha) |
Histórico |
No
dia 21 de outubro de 1956, David Ben-Gurion, primeiro-ministro de Israel,
voou para Sèvres, na França, para num encontro com os representantes
franceses e ingleses, coordenar um ataque conjunto dos três países
ao Egito, que havia nacionalizado o canal de Suez e proibira a passagem
de navios israelenses, bloqueando também o estreito de Tiran, passagem
obrigatória para o porto judeu de Eilat. O plano deveria se desenvolver
em duas etapas. Inicialmente Israel invadiria a península do Sinai,
avançando em direção ao canal e em seguida França
e Grã-Bretanha interviriam, com o objetivo alegado de por fim ao
conflito, numa ocupação defensiva da região. Na verdade,
o medo de Israel de ser invadido por seus vizinhos árabes era o
motivo maior para esta invasão. Os combates começaram quando,
em 29 de outubro, um batalhão da 202a. Brigada paraquedista,
comandada pelo coronel Ariel Sharon (hoje primeiro-ministro de seu país),
saltou a leste do desfiladeiro de Mitla, aguardando a chegada do restante
da brigada que vinha por terra desde a fronteira. Apoiada pela artilharia
e carros de combate AMX13, a coluna subjulgou El Kuntilla, El Thamed e
a vila de Nakhl, e na noite do dia 30 se juntou ao batalhão de
Aron. A tomada do desfiladeiro de Mitla, sem valor tático ou estratégico,
custou aos israelenses 38 mortos e 120 feridos. Ao mesmo tempo, a Força
Tarefa 38 atacava Abu Aweigila, um complexo de fortificações,
cercada de arame farpado, campos minados e posições de artilharia,
defendido por duas brigadas egípcias. Avançando por várias
frentes, os israelenses romperam a linha defensiva egípcia, que
resistira valentemente, tomando a cidade em 31 de outubro. A seguir, Israel
ocupou a faixa de Gaza e a cidade de Rafia, ao norte e Sharm el Sheikh,
na extremidade sul do Sinai. O Egito, temendo a invasão franco-inglesa,
resolveu poupar sua força aérea e os blindados para uso
no futuro e deixou suas tropas desprotegidas no deserto. O final desta
campanha coincidiu com os saltos dos paraquedistas britânicos
e franceses sobre Port Said e Port Fuad. Em 5 de novembro as hostilidades
cessaram. |
Forças envolvidas |
Egito: 3a. e 8a. Divisões de Infantaria; 1a. Brigada Blindada
com tanques pesados T34/85 e leves SU100; caças Mig 15 e Vampire. |
Principais batalhas |
Tomada do desfiladeiro de Mitla, conquista do complexo de Abu Aweigila, ocupação da faixa de Gaza e posse de Sharm el Sheikh com a reabertura do estrito de Tiran. |
Resultado
final |
A invasão custou a Israel 181 homens, 25 carros de combate, 2 jatos Mystère IV e 9 aviões pequenos. Cerca de 2.000 egípcios foram mortos e 6.000 aprisionados. O equipamento capturado incluía 100 tanques, muitas peças de artilharia e veículos leves. A FAI alegou ter derrubado 5 Mig e 4 Vampire. Com intermediação da ONU, em 1957 as forças israelenses se retiraram do território egípcio e o canal de Suez foi desobstruído. A FENU (Força de Emergência das Nações Unidas), composta de tropas de vários países, inclusive do Brasil, permaneceu por mais de dez anos na linha do armistício, a fim de prevenir novos conflitos entre Israel e Egito. Custo total estimado: US$ 13 bilhões © www.militarypower.com.br |