Nau capitânea da esquadra brasileira, o Navio Aeródromo São
Paulo (A-12) é a mais recente belonave incorporada à nossa
Marinha. Comprado ao Governo da França, onde servia a Marinha com
nome de "Foch", chegou ao Brasil em fevereiro de 2001. Substituiu
o glorioso "Minas Gerais", já com mais de 40 anos
de uso. O "São Paulo" é mais novo, maior, mais
veloz e com maior capacidade operacional que o seu predecessor, com excelente
estado de conservação. Desde sua construção
passou por diversas atualizações de equipamentos e sensores,
o que o deixa perfeitamente apto para cumprir sua missão ainda
por um bom tempo. Os navios da classe Clemenceau (a qual pertence o Foch)
foram os primeiros porta-aviões projetados e totalmente construídos
na França. A idéia inicial era projetar um porta-aviões
leve na faixa de 16.000 ton, que mais tarde foi substituído pelos
Clemenceau, muito maiores e de tamanho similar aos norte-americanos da
classe Essex, com os quais se parecem em muitos aspectos embora sua popa
guarde semelhança com os projetos britânicos. Possuem
um convés blindado, em ângulo de 8°, visor de espelho
para pouso, dois elevadores, duas catapultas a vapor e um convés
inferior que funciona como hangar. Estão equipados com radar tridimensional
DRDI 10, sistema tático de dados SENIT e um sonar SQS-505, equipamentos
estes não necessariamente mantidos quando da venda ao Brasil. Em
tempos de paz, como medida de contenção de despesas, o Clemenceau
opera aeronaves de asa fixa e o Foch emprega somente helicópteros
para combate anti-submarino (ASW ou Anti-Submarine Warfare). Com esta
aquisição nossa Marinha poderá operar seus meios
aéreos longe de nosso litoral, onde os interesses do país
estiverem em jogo. Foram adquiridos 23 caças bombardeiros A-4 Skyhawk,
aqui designados AF-1 para compor o grupo aéreo do "São
Paulo", juntamente com os helicópteros já existentes
no inventário daquela Força.
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