Míssil Vympel R-27 - Rússia

Chamado inicialmente de Project K-27, este míssil ar-ar russo de longo alcance se tornou o R-27 (código da OTAN de AA-10 ALAMO). O requerimento do K-27 foi lançado em 1973. O desenvolvimento foi iniciado em 1974. Foram duas propostas, da Vympel e Molnia. No inicio da década de 1980, a Spetztekhnika Vympel NPO foi selecionada. Em 1981, parte dos engenheiros da Molnia foram para a Vympel terminar o míssil R-73. O Alamo recebeu a designação "-27" pois seria a arma principal do Su-27 e outros caças com capacidade "look-down/shoot-down" como o Mig-29 ou caças antigos modernizados como o Mig-21 e Mig-23. O R-27 (Izdeliye 470) entrou serviço em 1986, quatro anos antes do AIM-120, porém longe de ter a mesma capacidade sendo mais comparável em tecnologia e desempenho ao AIM-7F que entrou em serviço em 1977. A URSS teve acesso a um míssil AIM-7 do Vietnã e considerou similar em capacidade ao AA-10.

Míssil ar-ar de médio alcance, normalmente usado pelos Mig-29 e SU-27 russos, designado pela OTAN como AA-10 "Alamo", o R-27 é produzido em pelo menos seis versões: de médio alcance com radar semi-ativo(SAR) e infravermelho(IR), denominados R-27 R e R-27 T; de longo alcance com SAR, IR e radar ativo(AR), denominados R-27 ER, R-27 ET e R-27 AE; e de longo alcance com SAR para baixa altitude, o R-27 EM. Todas as versões possuem pequenas aletas "canard" logo atrás do sensor e na frente do detonador de aproximação, a seguir quatro grandes aletas em forma de trapézio que lhe conferem uma impressionante manobrabilidade e mais quatro aletas fixas em delta na cauda. A ogiva dos R-27 é do tipo anular, com 37 kg de explosivo potente, que ao detonar projeta uma descarga de fragmentos de tungstênio, super afiados e em forma de leque. São impulsionados por um motor foguete de propelente sólido, com versões para médio e longo alcance. Na nova geração de mísseis Vympel serão usados motores de foguete e estato-reator integrados para um maior alcance. Outra novidade é o R-27 com sensor passivo para ser utilizado contra aviões AEW ou de guerra eletrônica, dirigindo-se para as suas emissões de radar. Muito versátil e extremamente letal, o R-27 mostrou a capacidade russa no desenvolvimento de mísseis modernos, sendo superior aos seus congêneres ocidentais.

O R-27 é usado por dezenas de países que usam caças russos como o Mig-29 e o Su-27. As versões de exportação têm a designação "-1" no final. O R-27T1 tem a capacidade de contra-contramedidas IR pioradas e sem capacidade de rejeição de ruído de fundo. Entre os operadores temos: Argélia, Angola, Alemanha, Bielorussia, Bulgária, Bangladesh, Cazaquistão, China, Coréia do Norte, Cuba, Etiópia, Eritréia, Índia, Irã, Iraque, Iugoslávia, Malásia, Mianmar, Peru, Polônia, România, Síria, Turcomenistão, Ucrânia, Usbequistão e Vietnã.





Origem
     
Rússia
Dimensões
   
comprimento: 4,5 m
Ogiva
   
37 kg
Velocidade
   
Mach 4
Alcance
   
110 km ( R-27EM)
Peso
   
350 kg
Propulsão
   
Motor foguete
Orientação
   
Dependendo da versão: infravermelho, radar
ativo, radar semi-ativo ou sensor passivo.




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