Míssil RBS 70 - Suécia

O sistema anti-aéreo de curto alcance RBS 70 entrou em serviço em 1977 nas Forças Armadas suecas, utilizando o míssil Mk.1, atualmente substituído pelo avançado míssil Bolide, guiado a laser. A unidade básica do RBS 70 compreende o container lançador do projétil, apoiado em um tripé que sustenta também um dispositivo de visão noturna por imagem termal, um identificador IFF digital, uma fonte de energia externa e um simulador. Embora seja classificado como portátil, o sistema RBS 70 pode ser montado sobre viaturas, tornando-se autopropulsado. Pode ser operado de forma independente ou em conjunto com até nove unidades de tiro, separadas entre si por uma distância de 4 km, integradas por um radar de vigilância Ericsson Giraffe, formando assim uma bateria anti-aérea capaz de proteger uma área de 180 km². Um alvo hostil pode ser localizado visualmente pelo operador do míssil ou detectado pelo radar de busca. Uma vez adquirido o alvo, o sistema IFF o interroga e confirmando-se sua identidade inimiga o operador aponta o míssil para o objetivo, dispara e trava nele, iluminando-o continuamente com o feixe laser até o momento do impacto. O míssil Bolide está equipado com um detector de laser na parte de trás de sua estrutura, que analisa os sinais laser refletidos pelo alvo usando um processador onboard, fazendo as necessárias correções em sua trajetória de vôo. Esta configuração dificulta extremamente as interferências eletrônicas ou o uso de despistadores tipo chaffs ou flares. Além disso o Bolide incorpora uma série de novos sistemas, incluindo um giroscópio de fibra ótica, um espoleta de proximidade adaptável que permite engajar grandes ou pequenos objetivos com alta probabilidade de acerto, novo motor foguete de grande aceleração que diminuiu o tempo de vôo e aumentou sua manobrabilidade, e nova suíte eletrônica que pode ser facilmente reprogramada ou receber novos softwares.



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A espoleta de proximidade a laser pode funcionar de três modos distintos: normal - contra aeronaves de asa fixa e helicópteros; alvos pequenos - contra mísseis de cruzeiro ou veículos aéreos não tripulados (UAV); desligada - somente para impacto direto. Sua propulsão está a cargo de um booster para impulsionar o lançamento, desenvolvido pela Bofors, e de um motor foguete de propelente sólido para sustentação do vôo, desenvolvido pela BAE Systems. Quando o operador dispara o míssil, o booster entra em ignição dentro do tubo lançador e o impulsiona para fora do tubo, momento em que as quatro superfícies de controle e as quatro aletas fixas se abrem, então quando o míssil já se encontra a uma distância segura do lançador, o motor foguete de sustentação é acionado e o booster é descartado. Atingindo uma velocidade de Mach 2, o míssil Bolide pode atingir um alvo a distância mínima de 250 metros até 8 km e a uma altitude de até 5 km, com probabilidade de acerto acima dos 90%, atestada por mais de 1.600 disparos reais, efetuados pelos usuários do sistema. Sua ogiva de 1,2 kg é composta por cerca de 3.000 esferas de tungstênio com carga oca, efetiva e potencialmente destruidora contra os mais diversos tipos de alvo ou blindagens, inclusive terrestres ou de superfície. Segundo o fabicante, a empresa sueca SAAB Bofors Dynamics, o míssil dispensa manutenção por mais de quinze anos e depois de realizada a revisão de meia-vida, tem sua operacionalidade assegurada por mais quinze anos, no mínimo. Tendo sido produzidos mais de 16.000 mísseis, o sistema RBS 70 já foi exportado para mais de 20 países entre eles Austrália, Argentina, Brasil, Alemanha, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Noruega, Paquistão, Venezuela, Singapura e Finlândia.


Origem
Suécia
Dimensões do míssil
comprimento: 1,32 m  /  diâmetro: 10,6 cm 
Pesos do sistema
15 kg (míssil)  /  25 kg (tripé)  /  35 kg (visor termal)
Velocidade
Mach 2
Alcance
distância: 8 km  /  altitude: de 250 m até 5 km
Ogiva
1,2 kg (composta de 3.000 esferas de tungstênio)
Orientação
laser
Propulsão
motor foguete de propelente sólido



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