Fuzil automático FN FAL - Bélgica

O FN FAL (Fusil Automatique Leger, em francês, ou Fuzil Automático Leve) é um dos mais famosos e mais largamente utilizados rifles militares do século XX. Desenvolvido pela empresa belga Fabrique Nationale (FN), ele foi encomendado por mais de 70 países e fabricado sob licença em pelo menos dez, entre eles o Brasil. A história do FAL começa em 1946 quando a FN começou a desenvolver um novo rifle de assalto que fosse capaz de disparar a munição intermediária Kurz 7,92x33mm alemã. A equipe de engenheiros era liderada por Dieudonne Saive, que na mesma época trabalhava em um projeto para um fuzil mais pesado, então denominado SAFN-49. Portanto, não é por acaso que ambas as armas sejam mecanicamente similares. Em 1950, os belgas juntamente com os ingleses selecionaram o cartucho britânico .280 (7x43mm) para ser aprimorado. No mesmo ano, os protótipos do belga FAL e do britânico EM-2 (modelo bullup), foram testados pelo US Army. Embora os americanos tenham ficado muito impressionados pelo desempenho operacional do FAL, naquele momento era incompreensível para eles a idéia de adotar um calibre intermediário como o .280, e optaram pelo cartucho T65 (7.62x51mm) padrão OTAN. Preparando-se para atender uma demanda de armas com esta munição, a FN redesenhou seu fuzil e em 1953 estava pronto o novo FAL 7.62mm. Ironicamente, não foi a Bélgica o primeiro país a adquiri-lo, mas sim o Canadá, que em 1955 adotou uma versão ligeiramente modificada, denominada localmente com C1, fabricada pelo Canadian Arsenal. Em seguida a Grã-Bretanha iniciou a fabricação do FAL, denominado pelos ingleses como L1A1 SLR e dotado de uma mira telescópica com 4x de aumento. Logo depois foi a vez da Áustria, onde foi fabricado pela Steyr como Stg.58. Várias versões do FAL foram então adotadas por Brasil, Turquia, Austrália, Israel, África do Sul, Alemanha e muitos outros países. Porém haviam quatro configurações básicas do fuzil: FAL 50.00, ou simplesmente FAL, com coronha fixa e cano padronizado; FAL 50.63 ou Para-FAL, com coronha rebatível e cano mais curto; FAL 50.64, que nada mais era que o modelo Para-FAL com o cano longo; e FAL 50.41, um fuzil mais pesado com bipé para atuar como apoio de fogo a nível de pelotão. O FN FAL é operado por sistema a gás com um regulador que pode ser facilmente ajustado para as diversas condições de uso ou mesmo interromper o sistema quando for disparado o lança-granadas acoplado ao rifle. A alavanca de armar está localizada do lado esquerdo do atirador e não pode se mover quando a arma está disparando. O seletor de tiro está posicionado próximo e acima do gatilho, podendo ter duas ou três posições de disparo, dependendo da versão do fuzil. O cano é recoberto por um longo guarda-chamas, onde pode ser acoplado um lança-granadas, e na ponta existe um encaixe para a baioneta. Na fabricação do FAL foram utilizados diversos tipos de material como madeira, polímeros e metais, e pequenas modificações foram feitas aqui ou ali, dependendo do país que iria utilizá-lo, mas a essência da arma sempre foi mantida. Apesar de sua avançada idade, o FAL ainda é bastante utilizado por diversas Forças Armadas graças a sua robustez e confiabilidade, sendo quase tão lendário quanto o russo AK-47, pois é uma arma de operação simples, de fácil manutenção e que mantém seu poder de fogo ainda que submetida às mais severas condições de uso em ambiente com lama, areia ou de grande umidade. No Brasil foram fabricadas pela Imbel cerca de 200.000 unidades e a partir do conhecimento adquirido desenvolveu um novo de fuzil de assalto, denominado IA2, que está sendo avaliado pelo Exército Brasileiro.






Origem
Bélgica
Dimensão
comprimento: 1,09 m
Calibre
7.62 mm
Peso
4,3 kg (sem munição)
Cadência de tiro
650 tiros/minuto
Alcance efetivo
650 m
Carregador
pente com 20 cartuchos



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