Combatentes



Comando dos Coastal Rangers - Suécia

Atuação: Costa da Somália - 2009


Mergulhador de combate dos Coastal Rangers suecos A Companhia de Guardas Costeiros (em sueco: kustjägarkompaniet, ou Kustjägarna; ou Coastal Rangers, em inglês) é uma unidade de comandos anfíbios de operações especiais, dentro do Corpo Anfíbio Sueco, que é o componente de infantaria da Marinha Sueca. Os Coastal Rangers foram usados durante os últimos anos da Guerra Fria principalmente como uma unidade de comandos altamente treinada, cujas principais tarefas eram operações de guerra anfíbia, incursões costeiras e incursões em profundidade. As tarefas secundárias eram reconhecimento de longo alcance e sabotagem atrás das linhas inimigas. Desde o ano 2000, no entanto, a unidade foi reorganizada para sua estrutura atual e agora é composta por pessoal profissional em tempo integral, com ênfase em patrulhas de reconhecimento em território hostil, mas ainda mantém a capacidade de conduzir missões de ação direta, como operações de guerra anfíbia, ações de sabotagem, executar ataques no estilo comando, conduzir operações VBSS (Visit, Board, Search and Seizure, ou Visita, Embarque, Busca e Apreensão, em português) a bordo de embarcações suspeitas, operações de guerra irregular e reconhecimento especial para reunir Inteligência de campo. Eles são especialistas no que é conhecido internacionalmente como operações de águas marrons ou águas verdes, que podem ser geralmente descritas como atuações em regiões onde o oceano encontra a terra. Arquipélagos, deltas de rios, grandes rios e lagos são exemplos dessas áreas. Os comandos são treinados no 1º Regimento de Fuzileiros Navais, cuja sede fica na Base Naval de Berga, localizada no centro-leste da Suécia. Os Coastal Rangers estiveram envolvidos em conflitos de baixa intensidade sob a bandeira da ONU, notadamente Kosovo e Bósnia, onde serviram como pelotão de Inteligência para a KFOR. Uma parte substancial da unidade foi enviada para o Chade sob o comando da EUFOR em 2008. Também serviram em várias rotações no Afeganistão, predominantemente como Mobile Observation Teams (Equipes Móveis de Observação) ou como instrutores do Exército Nacional Afegão. Em 2015, o pessoal da unidade foi enviado para o Mali como parte da SWE ISR TF (Sweden Task Force) com o 32º Batalhão de Inteligência do Exército (ISTAR - Intelligence, Surveillance, Target acquisition and Reconnaissance).

Em 2022, a unidade fez parte da contribuição sueca para a missão UN-MINUSMA no Mali. Seus atiradores de elite também participaram da "Operação Atalanta" na costa da Somália. Formalmente denominada "Força Naval da União Europeia na Somália" (EU NAVFOR), é uma ação militar antipirataria em andamento no mar ao largo do "Chifre da África" e no Oceano Índico Ocidental, que é a primeira operação naval conduzida por países europeus, em apoio às resoluções 1814, 1816, 1838 e 1846 das Nações Unidas adotadas em 2008 pelo Conselho de Segurança. Desde 29 de março de 2019, a sede operacional está localizada na Estação Naval de Rota (NAVSTA Rota) na Espanha. Coopera com a Força-Tarefa Combinada Multinacional 151 liderada pelos Estados Unidos e a "Operação Ocean Shield" antipirataria da OTAN. A missão foi lançada em dezembro de 2008 com foco na proteção de embarcações e remessas com destino à Somália pertencentes ao WFP (World Food Program) e à AMISOM (African Mission in Somalia), bem como outras remessas vulneráveis selecionadas. Além disso, monitora a atividade pesqueira na costa regional. Em 2012, o escopo da missão se expandiu para incluir territórios costeiros somalis e águas internas, de modo a coordenar operações de combate à pirataria com o Governo Federal de Transição da Somália e administrações regionais. De acordo com a Ação Conjunta 851 do Conselho da UE, que se baseia em várias resoluções da ONU, são atribuições da "Operação Atalanta": Proteger embarcações do WFP, da AMISOM e outros transportes vulneráveis; Dissuadir e interromper a pirataria e o assalto à mão armada no mar; Monitorar as atividades de pesca na costa da Somália; e Apoiar outras missões da UE e organizações internacionais que trabalham para fortalecer a segurança e a capacidade marítima na região. Em 26 de maio de 2009, supostos piratas atacaram um graneleiro grego, o MV Antonis, no Golfo de Áden, atirando no navio com armas pequenas e RPG (Rocket Propelled Grenade). Um pedido de socorro foi captado pelo navio de guerra sueco HSwMS Malmö, integrante da EU NAVFOR, que imediatamente seguiu para a área. O Malmö fez contato visual com o barco atacante, no momento em que os piratas tentavam abordar o navio mercante e disparou tiros de advertência usando canhões, metralhadoras e atiradores de elite em uma tentativa de interromper o ataque. Quando os piratas tentaram fugir, o Malmö assumiu a perseguição e após cerca de vinte minutos, o barco suspeito desistiu e parou. Então foi enviado um destacamento VPD (Vessel Protection Detachment) para abordá-lo. Durante a vistoria armas, equipamento de GPS, ganchos de escalada e barris de combustível foram encontrados a bordo. Sete supostos piratas foram capturados e detidos para investigação posterior.

O mergulhador de combate (attackdykare) aqui representado, integra uma fração dos Coastal Rangers, especializada em infiltração subaquática e ações de comando em território hostil. Ao invés de utilizar um traje de mergulho de neoprene tradicional, ele usa o uniforme de campo modelo M90 2002 ADYK, no padrão de camuflagem das Forças Armadas suecas, com formas geométricas grandes em 3 tons de verde, especificamente desenhado para sua função. Composto de uma jaqueta e calças confeccionados em tecido com tratamento de impermeabilidade, mas que permite que a umidade e o suor do corpo sejam liberados através dele. Assim o mergulhador ganha mais flexibilidade sob a água e ainda pode chegar à costa pronto para o deslocamento em terra. Ao contrário de outros uniformes, insígnias da unidade, emblemas de serviço ou bandeira não podem ser afixadas na jaqueta. Obviamente, ele utiliza um equipamento de respiração de circuito fechado, que não emite bolhas de ar que poderiam denunciar sua localização. Esses sistemas permitem mergulhos de até 3 horas a uma profundidade de 10 metros. Para qualquer tarefa que exija, o mergulhador pode ajustar a pressão de abertura da válvula de demanda pulmonar, podendo alternar entre respiração fácil e confortável em condições normais de mergulho ou uma configuração mais difícil para uso durante ascensões táticas. Seu armamento pessoal inclui uma faca tipo S37 com lâmina de 18 cm, pesando cerca de 360 gramas, fabricada com aço de alta resistência e eficiente em diversos modos de uso. A pistola semi-automática pode ser uma 88C2 uma versão sueca da Glock 17 Gen.2, calibre 9mm, fabricada em polímero com peso de cerca de 700 gramas e com pente para 17 cartuchos. Seu fuzil é o AK 5C, uma versão local do FN FAL com diversas modificações, calibre 5.56 mm, equipado com visor/designador laser Aimpoint CompM5, pesando 4,0 kg sem munição, comprimento de 0,85 cm e carregador para 30 cartuchos. Sobre a cabeça usa um manto leve e translúcido, que pode ser na cor verde-oliva ou camuflado, para dissimular suas formas e dificultar a sua detecção pelo inimigo.

 


 

 



Combatentes


Apresentamos os protagonistas das principais guerras do século XX, com o relato de onde e como atuaram, seus uniformes, suas armas e seus atos de bravura e heroísmo em combate. Histórias fascinantes que levarão o visitante a participar como coadjuvante dos eventos em que elas ocorreram. Para conhecer detalhadamente cada um destes valorosos soldados de infantaria, fuzileiros navais, paraquedistas e comandos de forças especiais, basta clicar nas janelas acima, por especialidade ou pela ordem em que foram incluídos os artigos nesta seção.

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