Criada em 1954, com a incorporação do Batalhão
Independente de paraquedistas à Unidade 101 e batizada
de 202.a Brigada de paraquedistas, tinha como função
principal fazer incursões em represália contra oponentes
arábes. Tropas israelenses desse tipo têm se destacado
em operações além de suas fronteiras, especializando-se
em combates diretos.
Seu primeiro grande teste ocorreu dois anos após sua criação,
na Campanha do Sinai, quando sob o comando do tenente-coronel Rafael
Eitan, 395 homens do 1º Batalhão participaram de ousada
operação paraquedista para defender a extremidade
leste do passo de Mitla. Embora tenha sofrido pesadas baixas a posição
foi conquistada fazendo aumentar ainda mais o respeito por estes bravos
soldados.
São utilizadas sobretudo como infantaria de elite, fazendo as
vezes de ponta-de-lança em assaltos a posições
inimigas. Isto ficou demonstrado na Guerra
dos Seis Dias (1967), quando a 55.a Brigada atacou áreas
fortificadas da Cidade Velha de Jerusalém, defendidas por jordanianos.
Na Guerra do Yom Kippur
(1973), a 31.a Brigada participou da defesa ao violento ataque sírio
nas colinas de Golan e desempenhou papel importante no subseqüente
contra-ataque.
Porém seu mais audacioso feito foi o ataque-relâmpago ao
Aeroporto de Entebbe, em Uganda, em 1976, para resgatar mais de cem
reféns capturados pela Organização para Libertação
da Palestina (OLP). Os paraquedistas israelense são voluntários
e o programa de treinamento de dezoito meses é muito rigoroso.
Os comandos devem estar habilitados no uso de diversos tipos de armas,
na demolição e em combates noturnos.
O soldado paraquedista usa o equipamento de cinto israelense
sobre o uniforme verde-oliva do paraquedista. Além das
bolsas cheias de munição de reserva para o carregador
do fuzil, leva um saco com granadas para o mesmo, cujas aletas aparecem
por trás do capacete de náilon. Duas barras no braço
esquerdo indicam a patente de cabo. As sub-metralhadoras
Uzi foram substituídas pelo fuzil
de assalto Galil de 5.56 mm, mais poderoso e preciso.