A Síndrome da Guerra do Golfo

Soldados voltaram para casa com misteriosas doenças. O que teria acontecido?



Durante a Guerra do Golfo, em 1991, as tropas aliadas sofreram alguns ataques com armas químicas e biológicas desenvolvidas por cientistas a serviço de Saddam Hussein. Foram identificados os agentes químicos sarin, soman e tabun que atacam o sistema nervoso e, em doses altas, conduzem à morte em poucos minutos. Muitos veteranos voltaram para casa apresentando sintomas que indicavam exposição à guerra química e biológica, em baixos níveis, entre eles enfisema, angina, asma, artrite e perda de memória.

Mas os governos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha jamais admitiram que o ditador iraquiano tivesse esse tipo de arma ou que seus soldados tivessem sido expostos a elas, apesar das equipes responsáveis pela detecção desses agentes ter identificado positivamente a utilização de quatro bactérias contra os aliados: antraz, peste bulbônica e as toxinas A e B do botulismo. Alguns sugerem que as enfermidades que os acometeram foram geradas por vacinas experimentais desenvolvidas para o exército americano. Sua finalidade seria proteger os soldados do ataque químico e biológico do inimigo, mas talvez, os resultados a longo prazo tenham sido prejudiciais aos seus organismos.

Em fevereiro de 1991, efetivos da companhia Royal Scots B, do Exército britânico, receberam essas vacinas e pílulas preventivas, cuja composição foi classificada como secreta e seu conteúdo permanece desconhecido até hoje.O lado irônico dessa estória é que foram os americanos que forneceram a Saddam Hussein, anos antes da guerra acontecer, a matéria-prima necessária para a construção desse tipo de arma e que depois foi empregada contra suas próprias tropas. A repercussão deste fato junto a opinião pública e a utilização de medicamentos e vacinas não devidamente testadas quanto a seus efeitos colaterais são os motivos pelos quais algumas pessoas acreditam que a verdade sobre a Síndrome da Guerra do Golfo jamais seja revelada.



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