Infantaria
de Montanha - Brasil |
Única unidade do Exército Brasileiro apta a desenvolver as técnicas e as táticas em terreno montanhoso, o 11º Batalhão de Infantaria de Montanha, "Regimento Tiradentes", foi criada em 1888 na cidade de Rio Pardo(RS) como 28º BI, sendo transferida para São João Del Rei(MG) em 1897, onde permanece baseada até os dias atuais. Tendo participado da Campanha de Canudos, da Revolução de 32 e da Segunda Guerra Mundial, somente em 1977 a unidade foi transformada em tropa especializada em montanhismo militar. Subordinado à 4ª Brigada de Infantaria Motorizada e ao Comando de Operações Terrestres (COTER), o batalhão está organizado da seguinte forma: Comando, 1ª Cia de Fuzileiros, 2ª Cia de Fuzileiros, Base Administrativa, Cia de Comando e Apoio, e Seção de Instrução de Montanha. Seus membros são submetidos a um rigoroso e intenso programa de instrução especializada, depois de passar pelo treino clássico comum a todo soldado de infantaria, devendo possuir características especiais como elevados conhecimentos técnicos e táticos, robustez, disponibilidade total e perseverança. O combate em montanha, devido às peculiaridades do terreno, só admite ações de pequenos efetivos, que carregam consigo praticamente todo material que necessitarão para cumprir a missão, devendo portanto ser resistentes e determinados. Para melhor prepará-los para as adversidades do ambiente em que irão atuar, o treinamento é dividido em três fases: Estágio Básico de Combatente de Montanha, habilitando-os a manusear o material de escalada, realizar marchas em áreas íngremes, evacuação de feridos e escalar paredões rochosos de grau 4(difíceis); Curso Básico de Montanhismo, com duração de cinco semanas, para oficiais e sargentos com excelente preparação física, noções de comunicações, primeiros-socorros, explosivos e armamentos, ministrado em quatro fases distintas escalada livre (1ª fase), escalada em cordada (2ª fase), topografia (3ª fase) e operações (4ª fase); e Curso Avançado de Montanhismo, com duração de dez semanas, formando o Guia de Montanha, que estará apto a realizar escaladas livres até grau 4, escaladas artificiais até o grau 6 (extremamente difícil) e guiar efetivos em deslocamentos nas regiões rochosas. Seu equipamento é constituído por uma mochila onde transporta as cavilhas, martelo, mosquetões e cordas. O capacete é semelhante ao modelo usado por tripulantes de carros de combate. O uniforme camuflado é o padrão do Exército Brasileiro, porém reforçado nas costuras e a boina cinza é específica da unidade. A arma básica é o fuzil automático Para-FAL, de 7.62 mm, com coronha dobrável, facilitando a condução e um manuseio rápido e seguro. |