Segunda Guerra Mundial

 


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Período
1939 - 1945
Área do conflito
Europa, África, Oriente Médio e Ásia
Protagonistas principais
Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha, Rússia, Japão, Itália e França.
Histórico
A guerra na Europa: sob o comando de Adolf Hitler, após 1933, a Alemanha concentrava suas energias em reverter as limitações impostas pelo Tratado de Versailles, de 1918, e transformar-se novamente em uma grande potência européia. Ciente da fraqueza da Grã-Bretanha e da França que não teriam como se opor à sua política expansionista, os alemães reocuparam a Renânia em 1936, anexaram a Áustria em 1938 e deram ínicio ao segundo conflito em escala mundial ao invadirem a Polônia em 1939. No ano seguinte foi a vez da Dinamarca, Noruega, Holanda e França caírem sob o julgo alemão. O exército britânico sozinho não foi capaz de impedir o avanço das tropas alemãs e em maio de 1940, cercado e empurrado para o litoral, foi obrigado a efetuar uma retirada histórica em Dunquerque, na costa francesa, mobilizando milhares de navios de guerra e mercantes. Em 1941, a Alemanha já havia estabelecido um domínio do continente europeu que parecia intocável e resolveu invadir a Rússia, com quem assinara um tratado de não-agressão anos antes, aventura que lhe custaria muito caro. Embora seus exércitos tenham chegado perto de Leningrado e Moscou e tenham tomado Kiev, Kharkov e Rostov em 42, os alemães tinham que buscar a vitória rapidamente ou encarar a certeza da derrota. Mas sua ofensiva no front oriental começou a fracassar com sua desastrosa derrota em Stalingrado e a expulsão de suas tropas de Kursk, num contra-ataque espetacular dos soviéticos em várias frentes, que praticamente expulsaram os alemães de seu território em 1944. Ao mesmo tempo que sofria com o inverno rigorossísimo e a resistência heróica do povo russo, os compromissos da Alemanha na frente ocidental haviam aumentado, com a vitória britânica no Egito e os desembarques anglo-americanos no norte da África em 1942; a capitulação da Itália, sua aliada, e a intensificação dos bombardeios americanos e ingleses sobre seu território em 1943, obrigando-a a intensificar a defesa de seu espaço aéreo. A manutenção dessas duas frentes de combate tornou-se insustentável e a partir de 1944 os aliados ocidentais ampliaram o cerco à Alemanha. Com a superioridade aérea garantida, os exércitos americano, inglês e canadense desembarcaram na Normandia, em 6 de junho de 1944, levando a guerra para a fronteira alemã, não sem antes libertar os países ao longo do caminho, do opressor nazista. Com os Aliados invadindo pelo oeste e os russos pelo leste, com suas indústrias e cidades destruídas pelos ataques aéreos e seu povo dizimado pelo serviço militar, a Alemanha não teve como evitar a derrota.
A guerra na Ásia e no Pacífico: Tendo assinado um tratado de não-agressão com a Rússia e sem chance de vitória militar ou solução política para sua guerra na China, o Japão voltou-se para as colõnias européias no sudeste da Ásia, onde esperava encontrar matérias-primas e mercados para obter independência econômica em relação aos EUA. Em junho de 41 ocupou a Indochina, sofrendo sanções dos americanos e respondeu com o ataque a Pearl Harbor. Ao desafiar a maior potência industrializada do mundo, os japoneses pretendiam lutar até chegar a um impasse, e numa paz negociada, ter reconhecida a sua primazia na Ásia Oriental. O avanço nipônico continuou e em seis meses já haviam conquistado Hong-Kong, Singapura, as Índias Ocidentais Holandesas e as Filipinas. Mas mesmo no auge de seu avanço, o Japão falhou em tentar impor aos EUA uma derrota naval que debilitasse a capacidade militar e o moral americanos. Ao contrário, a Marinha Imperial japonesa foi derrotada em batalhas no Mar de Coral, em maio de 42, nas ilhas Midway e na campanha de Guadalcanal, de agosto de 42 a fevereiro de 43. Sem condições de concluir a guerra que iniciara, o Japão perdeu sua mobilidade estratégica e passou a atuar defensivamente, contra múltiplos inimigos, em várias frentes. Do final de 43 em diante, os EUA empregaram a eficiente estratégia de atacar ilha após ilha, usando forças anfíbias que minaram a resistência dos japoneses, que via de regra lutavam até o último homem. Os avanços americanos no Pacífico basearam-se na ofensiva irresistível de seus porta-aviões, levando a guerra às ilhas japonesas, permitindo-lhes garantir a vitória nas batalhas do mar das Filipinas, do golfo de Leyte e a retomada das ilhas Marianas, base importante para os bombardeiros que atacaram as áreas urbanas do Japão nos últimos seis meses da guerra. Convencidos que mesmo debilitados os japoneses lutariam até a morte e calculando que uma invasão do Império nipônico custaria cerca de um milhão de baixas aos Aliados, os EUA decidiram lançar sobre Hiroshima e Nagasaki a sua mais nova arma de destruição em massa: a bomba atômica. Aturdido com o ataque fulminante dos americanos e pela ofensiva soviética na China, o Japão se rendeu em 15 de agosto de 1945.
Principais forças envolvidas

Total de homens e mulheres mobilizados (1939-1945): 100.000.000

Estima-se que 40.000.000 de pessoas perderam a vida no conflito:
Alemanha: 5.000.000; Rússia: 20.000.000; Grã-Bretanha: 421.000; Estados Unidos: 400.000; Itália: 450.000; Polônia: 6.000.000; Japão: 1.800.000; França: 535.000; Yugoslávia: 1.600.000; Demais países: aproximadamente 3.800.000.

Principais batalhas
A invasão da Normandia (Dia D - 1944), ataque a Pearl Harbor (1941), Stalingrado (1942-43), combates aéreos sobre a Inglaterra (1940), Tobruk no norte da África (1942), a defesa de Moscou (1941), o cerco a Leningrado (1941-1942), tomada de Monte Casino (1944), desembarque em Salerno (1943), tomada de Berlin (1945), batalha pelo Rio Reno (1944), confronto de blindados em Kursk (1943), desembarques nas ilhas de Tarawa (1943), Iwo Jima (1945) e Okinawa (1945), retomada da ilha de Guadalcanal (1942-43) e as batalhas navais do Mar de Coral (1942), ilhas Midway (1942) e do Golfo de Leyte (1944).
Resultado final

Os custos materiais e humanos, como na Primeira Guerra, foram também imensos, fazendo dela a mais destruidora guerra da História. A Europa estava falida e a Rússia européia em ruínas. Somente os Estados Unidos, cujo dinheiro e indústrias haviam sustentado e fortalecido as economias de guerra dos Aliados, pareciam ser os verdadeiros e imediatos vencedores. O Japão e a Alemanha perderam o status de potências militares, sendo o primeiro ocupado pelos EUA e o segundo dividido em dois Estados, Alemanhas Ocidental e Oriental. Os impérios coloniais se desintegraram. Foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU) em substituição à Liga das Nações. Teria início então uma nova fase, com o mundo dividido entre o capitalismo e o comunismo, num embate ideólogico e econômico, na chamada Guerra Fria entre americanos e soviéticos, que só terminaria com a queda do Muro de Berlim, mais de quatro décadas depois.

Custo total estimado: US$ 13 trilhões

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