Histórico |
A guerra
na Europa: sob o comando de Adolf Hitler, após 1933, a Alemanha
concentrava suas energias em reverter as limitações impostas
pelo Tratado de Versailles, de 1918, e transformar-se novamente em uma
grande potência européia. Ciente da fraqueza da Grã-Bretanha
e da França que não teriam como se opor à sua política
expansionista, os alemães reocuparam a Renânia em 1936, anexaram
a Áustria em 1938 e deram ínicio ao segundo conflito em
escala mundial ao invadirem a Polônia em 1939. No ano seguinte foi
a vez da Dinamarca, Noruega, Holanda e França caírem sob
o julgo alemão. O exército britânico sozinho não
foi capaz de impedir o avanço das tropas alemães e em maio
de 1940, cercado e empurrado para o litoral, foi obrigado a efetuar uma
retirada histórica em Dunquerque, na costa francesa, mobilizando
milhares de navios de guerra e mercantes. Em 1941, a Alemanha já
havia estabelecido um domínio do continente europeu que parecia
intocável e resolveu invadir a Rússia, com quem assinara
um tratado de não-agressão anos antes, aventura que lhe
custaria muito caro. Embora seus exércitos tenham chegado perto
de Leningrado e Moscou e tenham tomado Kiev, Kharkov e Rostov em 42, os
alemães tinham que buscar a vitória rapidamente ou encarar
a certeza da derrota. Mas sua ofensiva no front oriental começou
a fracassar com sua desastrosa derrota em Stalingrado e a expulsão
de suas tropas de Kursk, num contra-ataque espetacular dos soviéticos
em várias frentes, que praticamente expulsaram os alemães
de seu território em 1944. Ao mesmo tempo que sofria com o inverno
rigorossísimo e a resistência heróica do povo russo,
os compromissos da Alemanha na frente ocidental haviam aumentado, com
a vitória britânica no Egito e os desembarques anglo-americanos
no norte da África em 1942; a capitulação da Itália,
sua aliada, e a intensificação dos bombardeios americanos
e ingleses sobre seu território em 1943, obrigando-a a intensificar
a defesa de seu espaço aéreo. A manutenção
dessas duas frentes de combate tornou-se insustentável e a partir
de 1944 os aliados ocidentais ampliaram o cerco à Alemanha. Com
a superioridade aérea garantida, os exércitos americano,
inglês e canadense desembarcaram na Normandia,
em 6 de junho de 1944, levando a guerra para a fronteira alemã,
não sem antes libertar os países ao longo do caminho, do
opressor nazista. Com os Aliados invadindo pelo oeste e os russos pelo
leste, com suas indústrias e cidades destruídas pelos ataques
aéreos e seu povo dizimado pelo serviço militar, a Alemanha
não teve como evitar a derrota.
A guerra na Ásia e no Pacífico: Tendo assinado um tratado
de não-agressão com a Rússia e sem chance de vitória
militar ou solução política para sua guerra na China,
o Japão voltou-se para as colõnias européias no sudeste
da Ásia, onde esperava encontrar matérias-primas e mercados
para obter independência econômica em relação
aos EUA. Em junho de 41 ocupou a Indochina, sofrendo sanções
dos americanos e respondeu com o ataque
a Pearl Harbor. Ao desafiar a maior potência industrializada
do mundo, os japoneses pretendiam lutar até chegar a um impasse,
e numa paz negociada, ter reconhecida a sua primazia na Ásia Oriental.
O avanço nipônico continuou e em seis meses já haviam
conquistado Hong-Kong, Singapura, as Índias Ocidentais Holandesas
e as Filipinas. Mas mesmo no auge de seu avanço, o Japão
falhou em tentar impor aos EUA uma derrota naval que debilitasse a capacidade
militar e o moral americanos. Ao contrário, a Marinha Imperial
japonesa foi derrotada em batalhas no Mar de Coral, em maio de 42, nas
ilhas Midway e na campanha de Guadalcanal, de agosto de 42 a fevereiro
de 43. Sem condições de concluir a guerra que iniciara,
o Japão perdeu sua mobilidade estratégica e passou a atuar
defensivamente, contra múltiplos inimigos, em várias frentes.
Do final
de 43 em diante, os EUA empregaram a eficiente estratégia de atacar
ilha após ilha, usando forças anfíbias que minaram
a resistência dos japoneses, que via de regra lutavam até
o último homem. Os avanços americanos no Pacífico
basearam-se na ofensiva irresistível de seus porta-aviões,
levando a guerra às ilhas japonesas, permitindo-lhes garantir a
vitória nas batalhas do mar das Filipinas, do golfo de Leyte e
a retomada das ilhas Marianas, base importante para os bombardeiros que
atacaram as áreas urbanas do Japão nos últimos seis
meses da guerra. Convencidos que mesmo debilitados os japoneses lutariam
até a morte e calculando que uma invasão do Império
nipônico custaria cerca de um milhão de baixas aos Aliados,
os EUA decidiram lançar sobre Hiroshima e Nagasaki a sua mais nova
arma de destruição em massa: a bomba
atômica. Aturdido com o ataque fulminante dos americanos e pela
ofensiva soviética na China, o Japão se rendeu em 15 de
agosto de 1945. |
Principais
batalhas |
A invasão da Normandia (Dia D - 1944), ataque a Pearl Harbor (1941),
Stalingrado (1942-43), combates aéreos sobre a Inglaterra (1940),
Tobruk no norte da África (1942), a defesa de Moscou (1941), o
cerco a Leningrado (1941-1942), tomada de Monte Casino (1944), desembarque
em Salerno (1943), tomada de Berlin (1945), batalha pelo Rio Reno (1944),
confronto de blindados em Kursk (1943), desembarques nas ilhas de Tarawa
(1943), Iwo Jima (1945) e Okinawa (1945), retomada da ilha de Guadalcanal
(1942-43) e as batalhas navais do Mar de Coral (1942), ilhas Midway (1942)
e do Golfo de Leyte (1944). |
Resultado
final |
Os
custos materiais e humanos, como na Primeira Guerra, foram também
imensos, fazendo dela a mais destruidora guerra da História. A
Europa estava falida e a Rússia européia em ruínas.
Somente os Estados Unidos, cujo dinheiro e indústrias haviam sustentado
e fortalecido as economias de guerra dos Aliados, pareciam ser os verdadeiros
e imediatos vencedores. O Japão e a Alemanha perderam o status
de potências militares, sendo o primeiro ocupado pelos EUA e o segundo
dividido em dois Estados, Alemanhas Ocidental e Oriental. Os impérios
coloniais se desintegraram. Foi criada a Organização das
Nações Unidas (ONU) em substituição à
Liga das Nações. Teria início então uma nova
fase, com o mundo dividido entre o capitalismo e o comunismo, num embate
ideólogico e econômico, na chamada Guerra Fria entre americanos
e soviéticos, que só terminaria com a queda do Muro de Berlim,
mais de quatro décadas depois.
Custo
total estimado: US$ 13 trilhões
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