O
Lynx naval, desenvolvido em conjunto pela Aérospatiale francesa
e pela Westland britânica na década de 60, é uma variante
com rodas do aparelho multifunção com esquis que serve às
forças terrestres. Suas funções incluem combate anti-superfície,
anti-submarino, busca e salvamento e transporte leve. Mais de 200 unidades
estão operacionais em onze Marinhas e já foi provado em
combate em dois grandes conflitos, na Guerra
das Malvinas, em 1982 e na Guerra
do Golfo, em 1991. A estrutura principal do pod semi-monocasco e da
lança dos Lynx foi feita com uma liga metálica leve, usando
fibra de vidro para as carenagens e portas de acesso. Os dois tripulantes
sentam-se lado, com o piloto à direita e o navegador à esquerda.
A propulsão do aparelho é feita por um rotor principal semi-rígido
de pás de plástico reforçado com fibra de vidro sobre
um núcleo de Nomex. As pás podem ser dobradas para trás
e a deriva para a frente, facilitando a guarda nos pequenos hangares dos
navios. As versões navais usam duas turbinas Rolls-Royce GEM-42,
com 1.128 hp de empuxo unitário. Sua operação nos
convés de popa exige técnicas especiais, e para tanto possui
uma trava hidráulica, um arpão para prendê-lo a uma
rede metálica na plataforma, rodas totalmente articuladas e freios
de recuo, que usados em conjunto facilitam e tornam mais seguros os pousos
e decolagens em alto mar. O protótipo voou em maio de 1972 e após
um programa normal de desenvolvimento, o primeiro esquadrão operacional
de Lynx da Royal Navy estabeleceu-se a bordo do Birmingham, em 1978.

Dispõe de vários sistemas avançados, incluindo o
radar Ferranti ARI 5979 Sea Spray, montado dentro de um radome removível
no nariz da aeronave, com bom desempenho mesmo diante de interferência
eletrônica, podendo ser usado também para vigilância
marítima ou como sinalizador de alvos além do horizonte
para os mísseis
antinavio BAe Sea Skua. Quatro deles podem ser levados pelo Lynx, em cabides
laterais. Com alcance de 15 km, este míssil após o disparo
desce até o nível preestabelecido de acordo com a altura
das ondas no momento, orientando-se então pela energia refletida
do radar Sea Spray até atingir o alvo. Suas armas podem incluir
ainda torpedos Mk44 ou Mk46 e uma metralhadora de uso geral, montada na
porta da cabine. Entre seus usuários estão as Marinhas da
Grã-Bretanha, Brasil, França, Dinamarca, Portugal, Noruega
e Alemanha. A mais recente versão é o Super Lynx 300, com
radar Sea Spray 3000, sistema FLIR Safire, sonar AN/AQS-18, sistemas ESM
e MAD, motores mais potentes com FADEC, novos aviônicos e um glass
cockpit com sete telas de cristal líquido coloridas. Pequeno, ágil,
rápido e bem armado, o Lynx é capaz de golpear decisivamente
navios e submarinos, graças a seus modernos sistemas de navegação,
detecção e ataque.
A Marinha
do Brasil possui 13 unidades do modelo Super Lynx (equivalentes aos
Mk21A da Royal Navy), denominados AH-11A, que operam a bordo das fragatas
das classes Niterói e Greenhalgh, das corvetas da classe Inhaúma
e do navio-aeródromo São Paulo.
Usuários:
Grã-Bretanha, Brasil, Dinamarca, Alemanha, Malásia, África
do Sul e Portugal.
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