Fuzil de assalto M16 - Estados Unidos

Ao contrário da maioria dos fuzis de seu tipo, o modelo M16 nasceu de um projeto comercial. Criação do lendário projetista Eugene Stoner, surgiu em meados dos anos 50, fabricado pela Armalite sob a designação AR-10 que usava munição 7.62 mm, mas com o advento do cartucho Fireball de 5.56 mm ele foi reprojetado para receber esta munição e renomeado para AR-15. No início da década de 60 participou da concorrência que escolheria o novo fuzil padrão das Forças Armadas americanas, saindo-se vencedor e recebendo a designação M16. A produção foi transferida para a Colt Firearms Company, após a assinatura de um acordo de produção e vendas com a Armalite, e até 1966 mais de 500.000 unidades haviam sido encomendadas. Antes mesmo de ganhar a licitação do Pentágono o AR-15 já era um sucesso de vendas, com o Exército britânico e a Força Aérea americana tendo adquirido alguns lotes do fuzil. Operado a gás o M16 usa o sistema de trancamento por rotação do ferrolho, dispensando o uso do êmbolo convencional, o que o deixa mais leve e exige pouca manutenção. Uma alça de transporte sobre a caixa da culatra também serve como suporte para a alça de mira. Em 1966 como resultado das experiências de seu uso em combate no Vietnã, foi adicionada uma trava para o ferrolho e o cano foi cromado internamente para facilitar a limpeza da arma, passando a ser designado M16A1. A partir de então foi produzido às centenas de milhares e amplamente distribuído e vendido às nações no mundo inteiro, no que poderia ser chamado de "AK-47 do bloco capitalista".



Os numerosos aperfeiçoamentos introduzidos incluem desde uma versão de metralhadora leve com cano pesado e bipé até armas de cano curto para forças especiais, como o Colt Commando M4. Um lançador de granadas M203, de 40 mm, pode ser acoplado sob o cano, disparando granadas giroestabilizadas a uma distância de até 500 metros, com cargas diversas tais como fumígenas, antipessoal ou alto explosivo. Uma variação posterior recebeu um cano mais pesado, com raiamento modificado, para permitir o uso de munição SS109 da OTAN, calibre 5.56 mm, sendo então denominado M16A2, versão oficialmente adotada pelo Exército americano em 1985. Com comprimento de 1,00 m, pesando cerca de 4,5 kg com pente de 30 cartuchos, o M16A2 tem uma cadência máxima de tiro de 800 tiros por minuto (automática: 150 a 200 t/min e semi-automática: 45 a 65 t/min), a velocidade inicial do projétil é de 1.000 m/s e o alcance efetivo de 550 metros. Apesar de produzido em massa, o fuzil M16 não tem a aparência rude de muitos outros fuzis de assalto, ao contrário, mostra todo o equilíbrio de seus componentes e o acabamento esmerado de uma arma de alta qualidade. O M16 foi produzido sob licença em diversos países como Coréia do Sul, China, Canadá e Singapura e vendido para um sem número de nações, incluindo o Brasil onde foi adotado como fuzil padrão pelos Fuzileiros Navais. Estima-se que desde sua criação mais de 5.000.000 fuzis M16 tenham sido produzidos, o que demonstra suas qualidades: ótimo acabamento, fácil manutenção, boa confiabilidade, confortável para atirar e com grande precisão, o que o torna ainda hoje um dos melhores fuzis de assalto do mundo.



Origem
Estados Unidos
Dimensões
Comprimento total: 1,00 m / compr. cano: 0,50 m
Peso
4,5 kg (carregado)
Cadência de tiro
800 tiros por minuto (máxima)
Alcance efetivo
550 m
Modo de ação
Operada a gás, com rotação do ferrolho.
Munição
30 projéteis de 5.56 mm



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