Míssil
antinavio Exocet - França |
Desenvolvido no final dos anos 60 para atender a um requerimento da Marinha francesa, o míssil antinavio Exocet completou seus primeiros testes de pré-produção em meados de 1972. Em outubro daquele ano foi submetido a uma avaliação conjunta pelas Marinhas francesa, britânica e alemã, com resultados positivos que propiciaram algumas melhorias em seu desempenho, antes que fosse iniciada a sua produção em série. Neste período foram efetuados mais de 30 lançamentos do Exocet com uma taxa de acerto de 91%. Seu sucesso foi imediato e por volta de 1986 mais de 2.500 unidades do míssil em suas diversas versões haviam sido vendidas a 31 países em todo o mundo. A versão básica MM.38 consiste de um vetor impulsionado por um motor foguete de dois estágios com propelente sólido, com quatro aletas grandes montadas um pouco depois da metade da fuselagem e quatro pequenas superfícies de controle na parte final. O míssil é estocado em um container retangular, normalmente dispostos em pares, que servem também como base de lançamento. Antes de ser disparado, a distância e a posição do alvo são determinados pelo sistema de controle de tiro da própria plataforma e armazenados no sistema de orientação do Exocet. Então ele é lançado na direção do objetivo, iniciando um voo inercial a baixa altitude em velocidade de cruzeiro. A cerca de 10 km do alvo seu radar ativo é ligado e ele passa a acompanhá-lo autonomamente; seu sensor de busca volta-se para baixo e o míssil desce iniciando um voo próximo à superfície do oceano, seguindo uma das três altitudes pré-estabelecidas, escolhidas de acordo com o estado do mar e com os danos que se pretende infringir ao alvo. Usuários da versão MM.38 incluem o Brasil, França, Argentina, Chile, Coréia do Sul, Marrocos, Omã, Tailândia, Alemanha, Indonésia e Grã-Bretanha. Melhorias no motor de sustentação de voo e no container de lançamento resultaram na evolução para uma versão maior, o MM.40, com um incremento em seu alcance, mas que permitiu que um maior número de mísseis pudesse ser carregado por um navio, ocupando o mesmo espaço e com o mesmo peso do sistema MM.38. Entre seus usuários temos o Brasil, França, Malásia, Argentina, Colômbia, Kuwait e Emirados Árabes Unidos. Porém a primeira variante a ser testada em combate foi a AM.39 lançada a partir de aeronaves. Esta versão consiste em modificações no MM.38 que incorporou um atraso de 1 segundo na ignição do motor, para permitir que o míssil desça alguns metros além do avião lançador, antes de acender de forma segura seu motor foguete. Em 1977, após modificações que o deixaram menor e mais leve, o agora denominado AM.39 foi entregue à Marinha francesa e exportado para o Brasil, Egito, Iraque, Paquistão, Peru, Singapura, Tailândia, Argentina, entre outros. Este míssil foi usado pela Marinha iraquiana na guerra contra o Irã (1980 - 1988), afundando pelo menos três embarcações iranianas e destruindo ou danificando um grande número de alvos tais como navios mercantes e plataformas petrolíferas, tendo lançado mais de 100 Exocet no período do conflito. A Argentina também o utilizou na Guerra das Malvinas (1982), lançando-os a partir de aeronaves Super Etendard, para afundar os navios britânicos HMS Sheffield e Atlantic Conveyor. Em meados dos anos 70, a Marinha francesa lançou requerimentos para uma versão a ser lançada a partir de submarinos. Surge então o SM.39, que é envolvido por uma cápsula de 5,8 m, perfeitamente compatível com os tubos lançadores de torpedos. Ele pode ser disparado de uma profundidade de até 120 metros, com o míssil sendo liberado da cápsula assim que atinge a superfície, rapidamente assumindo um dos três perfis de voo pré-estabelecidos para os Exocet, rente ao oceano. Esta versão equipa diversos submarinos nucleares e convencionais da Marinha francesa e provavelmente também será adotada como arma padrão dos novos submarinos da classe Scorpene que estão sendo construídos para a Marinha do Brasil. A versão mais recente do Exocet é o MM.40 Block 3, que embora mantenha o mesmo radar e a ogiva de 160 kg de alto-explosivo da versão Block 2, adota um novo propulsor microturbo TRI-40 turbojet que simplesmente dobra o seu alcance efetivo para mais de 180 km e incorpora ainda um novo sistema de navegação por GPS que permite ao míssil voar complexas trajetórias de aproximação em 3D, introduzindo a capacidade de ser utilizado para atacar alvos em terra, próximos à costa. |
Origem |
França |
Dimensões
|
comprimento:
4,7 m |
Peso |
655
kg |
Velocidade |
Mach
0.9 |
Alcance |
70
km |
Ogiva |
165
kg |
Orientação |
radar
ativo |
Propulsão |
propelente
sólido |