Operação
Haiti |
De 1947 para cá foram mais de 20 atuações em quatro continentes e hoje mantemos mais de uma centena de militares atuando como mediadores, observadores ou provendo segurança em áreas conflagradas. Aliás estas missões tenderão a ocorrer em uma frequência cada vez maior, com maiores efetivos e grau de importância, caso o país consiga mesmo um assento como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. A preparação da missão atual exigiu um enorme esforço de todos os setores envolvidos, em que pese as severas restrições orçamentárias de nossas Forças Armadas, demonstrando o profissionalismo e a dedicação de seus homens. Logística, manutenção, planejamento, inteligência e treinamentos específicos perfeitos, possibilitaram mobilizar a tropa com suas equipagens e colocá-las operacionais em menos de dois meses.
País mais pobre da América Latina, o Haiti sofre há muito com a miséria, péssimas condições de saneamento básico (poucos têm água encanada e esgoto tratado) e doenças endêmicas, o que obrigou nossos soldados a tomarem sete tipos diferentes de vacinas. Mas todos que participarão da missão são voluntários, que têm consciência dos riscos inerentes à operação e à profissão militar. Devemos estar preparados para possíveis baixas, embora o alto comando acredite ser pouco provável a ocorrência de confrontos armados com os haitianos, não só pela atitude conciliadora do soldado brasileiro, mas também por sua reconhecida simpatia e simplicidade. Só esperamos que os rebeldes pensem da mesma forma. A nossa esperança é que tudo corra bem para nossos militares, que permanecerão naquele país por pelo menos seis meses e que findo este período todos os nossos 1.200 compatriotas da "Brigada Haiti" voltem a pisar o sagrado solo do Brasil. |
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