Edição de aniversário


Batalhão Tonelero - Brasil

Membros do Batalhão Tonelero  em infiltração com botes infláveis. O Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais, conhecido como Batalhão Tonelero, unidade especial da infantaria naval da Marinha do Brasil, está preparado para atuar tanto na orla marítima quanto nas regiões ribeirinhas. Criado em 1971, baseado no Rio de Janeiro, iniciou suas atividades com o Curso de Comandos Anfíbios, estruturado por oficiais que tinham freqüentado o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), do Exército Brasileiro. Subordinado ao Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), é composto das seguinte unidades: Companhia de Comando e Serviços; Companhia de Comandos Anfíbios (duas); Companhia de Reconhecimento Anfíbio; Companhia de Reconhecimento Terrestre.

Suas especialidades envolvem as ações de reconhecimento pré-assalto e pós-assalto em apoio às forças de desembarque, com efetivos altamente qualificados como mergulhadores autonômos ou usando o paraquedas como meio de infiltração, com a missão de identificar e relatar atividades do inimigo, conduzir fogos das armas de apoio, implantar sensores no terreno e orientar operações com helicópteros. As ações de comando visam destruir ou danificar objetivos relevantes, retomar instalações, capturar ou resgatar pessoal,obter dados, despistar e produzir efeitos psicológicos. O Curso Especial de Comandos Anfíbios, com duração de dez semanas, possui as seguintes disciplinas: técnicas de infiltração; patrulha; explosivos; socorrismo avançado; combate em áreas urbanas; luta corpo-a-corpo; montanhismo; e técnicas de sobrevivência no mar e em terra.

Membro do Batalhão Tonelero  emergindo  para surpreender o inimigo. Seus membros devem ainda estar habilitados a operar em regiões ribeirinhas e no Pantanal, em montanha e clima frio, em regiões semi-áridas e selva, e para tanto passam por outro exaustivo treinamento com duração de doze semanas. Ainda no âmbito do Batalhão Tonelero foi criado o Grupo Especial de Retomada e Resgate(GERR) adequado ao cumprimento de tarefas específicas como a retomada de instalações de interesse da MB, resgate de reféns ou pilotos abatidos em zona de combate, e luta anti-terrorista. Entre outras habilidades treinam a abordagem de edificações, manuseio de artefatos químicos, tiro de precisão, tiro com besta, técnicas de silenciamento, memorização e negociação. Para poder desempenhar bem suas funções, seus efetivos devem contar com o que há de melhor em armas e equipamentos.

Fazem parte do inventário da unidade, submetralhadoras com silenciadores H&K MP5 SD ou a compacta H&K MP5 KA4, ambas com calibre 9 mm, fuzis para tiros de precisão Parker-Hale M.85, calibre 7.62 mm, fuzis Colt Commando M4, de 5.56 mm, metralhadoras FN Minimi, calibre 5.56 mm, submetralhadoras israelenses Mini-Uzi, de 9 mm, lunetas de visão noturna Kite com aumento de 4x, utilizadas tanto para tiro quanto para observação, dentre outros. Os uniformes utilizados são os mesmos que vigoram nas demais unidades do Corpo de Fuzileiros Navais, totalmente camuflado, usado em combate, exercícios e diariamente nos quartéis. O distintivo, de metal dourado, traz uma caveira que significa morte e destruição ao inimigo, a âncora simbolizando a Marinha do Brasil, um raio referência à rapidez e violência das ações e um par de asas que traduzem a capacidade aeroterrestre.





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