O 1º BFEsp do Exército
Brasileiro, composto por Comandos e Forças Especiais, foi oficialmente
criado em 1° de novembro de 1983, mas sua origem remonta ao ano de
1957. Naquele ano um grupo de oficiais e sargentos paraquedistas, utilizando-se
da doutrina das Special Forces e dos Rangers americanos, formaram os primeiros
especialistas brasileiros em Operações Especiais. Entre
as missões principais estão: combate a forças irregulares;
operações de contra-terrorismo; busca, localização
e ataque a alvos estratégicos; reconhecimento e as mais diversas
ações de comandos por trás das linhas inimigas. Para
os que aspiram integrar o BFEsp, é necessário, além
de excelente preparo físico e psicológico, realizar os Cursos
de Comandos e o de Forças Especiais, ministrados na sede do batalhão,
no Rio de Janeiro. O primeiro tem duração de 16 semanas,
onde o aluno se ambienta com as condições operacionais nas
diversas regiões do país, como selva, caatinga e montanhas,
adestrando-se em natação, armamento, munições
e tiro, técnicas de sabotagem, explosivos e destruições,
evasão e combate a curta distância. O segundo curso, com
duração de 25 semanas, visa torná-los especialistas
em técnicas de guerrilha, subversão, infiltração,
exfiltração, inteligência e operações
psicológicas, para serem usadas contra movimentos revolucionários
ou numa guerra de resistência, contra um inimigo de maior poder
de fogo. Há também cursos de Caçadores (snipers)
e de Mergulho Operacional.
O uniforme dos membros do 1° BFEsp é o camuflado padrão
do Exército Brasileiro, mas dependendo da missão são
utilizados uniformes especiais, coletes de assalto e equipamentos de visão
noturna. Seu armamento pessoal é composto de pistolas Imbel
M1911A1, Taurus e Glock (mod. 17 e 21), submetralhadoras
Heckler & Koch MP5, incluindo o modelo SD com supressor
de ruídos, fuzil de assalto Para-FAL de 7.62 mm. Para
o apoio de fogo contam com morteiros franceses Commando de 60
mm, ingleses L16 de 81 mm e a metralhadora belga FN MAG
calibre 7.62mm. Para uso anti-carro e contra posições fortificadas
são utilizados o lança-rojão AT4 de 84 mm
e o canhão sem recuo Carl-Gustaf M3 no mesmo calibre,
ambos de origem sueca. Os comandos são treinados no manejo e utilização
de armas e equipamentos que não fazem parte da dotação
oficial do EB, para poderem se aproveitar de material bélico capturado
ou abandonado pelo inimigo.
A
partir de janeiro de 2004, esta unidade passou a integrar a então
recém criada Brigada de Operações Especiais, sediada
em Goiânia, que desde sua ativação integra a Força
de Ação Rápida Estratégica (FAR-E) do Exército
Brasileiro. O lema desses excepcionais soldados não poderia ser
outro: " Qualquer missão, a qualquer hora, em qualquer
lugar, de qualquer maneira ".
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