Uma
boa Defesa exige investimentos |
A seguir vários recursos destinados ao reaparelhamento das três Armas ficaram contingenciados, depois nova ameaça de dispensa antecipada dos recrutas e por fim ainda tivemos o lamentável desastre em Alcântara, quase vitimando também nosso programa espacial. A bem da verdade o problema não é novo e nem podemos impultá-lo ao atual presidente. A situação de penúria para a área militar completa quase duas décadas e as medidas recentes só aumentaramm a sua gravidade. Em setembro de 2002, em um artigo entitulado Forças Desarmadas já citava a situação difícil, em verbas e equipamentos, de nossas Forças Armadas e o dilema que atormentava o governo sobre as prioridades para investir os parcos recursos. Embora o Orçamento militar tenha crescido 50% nos últimos oito anos, as despesas com a folha de pagamento, principalmente aposentadorias, também aumentaram deixando muito pouco para investimento e custeio.
O Brasil deveria criar uma lei que determinasse um percentual fixo dentro do orçamento militar, que só seria utilizado para P&D e novos equipamentos, com planejamento plurianual, como já existe no Chile. Assim não haveria atrasos em programas fundamentais como o submarino brasileiro SMB-10, o míssil anti-radiação MAR-1, o projeto FX da FAB ou novos veículos blindados sobre rodas para o Exército. Esperamos que em 2004 seja diferente, pois ter uma Defesa eficiente e respeitada custa caro, mas sempre será muito pouco diante da tarefa de proteger nossa soberania. |