Special Air Services Regiment (SASR) - Austrália

Missão noturna na Guerra do GolfoO Regimento SAS australiano, formado em julho de 1957 sob a classificação de 1a.Cia. de SAS, foi a pioneira das forças especiais da Austrália. Resultou claramente das lições aprendidas na campanha da Malásia, que se desenrolava na ocasião. Em 1960, a unidade foi transferida para o Regimento Real, elemento de infantaria regular do Exército. Em 1964, voltou a ser independente, aumentou seu contingente e transformou-se no Regimento de Serviço Aéreo Especial. O 1° Esquadrão de SAS partiu para Brunei em 1965, como parte da força de contenção contra os indonésios, seguido pelo 2° Esquadrão que se encaminhou para Bornéu.

Ao mesmo tempo a Austrália envolveu-se na Guerra do Vietnã e os três esquadrões revezaram-se naquele país. Sua mais recente atuação foi em março de 2003, na invasão do Iraque pelas tropas americanas, apoiada pelos britânicos e por um contingente de dois mil soldados australianos. O SASR desenvolveu habilidades antiterroristas em 1979, quando assumiu a responsabilidade de combater incursões de praia e defender poços de petróleo da costa. A Austrália conta também com o 1° Regimento de comandos, de 350 homens, criado em 1980 em Sydney, composto basicamente por reservistas e oficiais da ativa, encarregados de executar missões de "golpe-de-mão" e tarefas especiais de assalto. Baseado em Campbell Barracks, Swanbourne, o SASR conta com um efetivo de cerca de 600 homens, organizados em seis esquadrões, sendo três de comandos, um administrativo, um de apoio operacional e um de comunicações.

Treinamento anti-terroristaA exemplo do SAS britânico e outros, não há recrutamento direto entre civis. Os métodos de seleção também são semelhantes, mas uma ênfase maior é colocada nas atividades marítimas, já que a Austrália não possui um corpo de fuzileiros navais. São três anos de treinamento árduo, onde no primeiro ano os voluntários, de acordo com as habilidades de cada um, são encaminhados para os diversas cursos de especialização; no segundo ano são aplicadas as táticas militares tradicionais, incluindo as operações especiais num ambiente de guerra convencional; e no terceiro ano habilitam-se nas operações de comando propriamente ditas e em missões num ambiente de conflitos assimétricos, contra forças não convencionais. As habilidades comuns dos membros do SAS são as operações com paraquedas e rapel, mas eles também recebem treinamento de infiltração com pequenos botes, infiltração vertical, mergulho de assalto, guia de montanha, deslocamentos com veículos de longo alcance e demolição.

Seus membros utilizam, além dos fuzis M16A3 e F88 Austeyr (versão local do Steyr AUG 77), ambos no calibre 5.56 mm, as submetralhadoras Mk5 (L34A1) e Heckler & Koch MP5, fuzis sniper H&K PSG1 e Parker-Hale modelo 82, e pistolas Browning HP9 e SIG Sauer P228, ambas no calibre 9 mm. Por sua responsabilidade em ações antiterroristas em grande escala, esta unidade conta com uma variedade de aparelhos de vigilância de alta tecnologia, escadas especiais, equipamentos de comunicação e visão noturna. O pessoal do Regimento SAS veste o uniforme padrão do Exército. Entretanto, em vez do famoso chapéu de aba larga voltada para baixo, ele usa a conhecida boina areia. O distintivo de metal com uma adaga alada e as asas na manga direita são idênticos aos do SAS britânico.





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