Special Boat Service (SBS) - Grã-Bretanha

Membros do SBS em exercício de canoagem O Real Corpo de Fuzileiros Navais pode ser considerado uma tropa de elite, especialmente preparada para as operações anfíbias. Entretanto, no seu conjunto existem alguns grupos menores e selecionados, dos quais o mais conhecido é o Special Boat Service (SBS). Suas raízes estão nas unidades especiais criadas durante a Segunda Guerra Mundial para incursões e reconhecimento no litoral da Europa. A Escola Anfíbia dos Royal Marines, em Poole, Dorset, possuíam uma "Pequena Ala de Incursões" rebatizada em 1977 para a denominação atual. Suas atividades e organização são secretas, mas sua missão é comparável à do Spetsnaz russo e ao SEAL americano, sendo responsáveis por operações de sabotagem costeira, de reconhecimento em terra, de potenciais praias para desembarque e de atividades inimigas no litoral, além da segurança de oleodutos e plataformas petrolíferas.

O recrutamento é feito entre voluntários que servem nos Comandos dos fuzileiros. Todos os oficiais e soldados passam pelos testes físicos e psicológicos, seguidos por três semanas de observação, quando afinal são escolhidos para a fase de treinamentos. Então fazem um curso de quinze semanas em que treinam infiltração, mergulho, demolição e uso de canoas e botes. Antes de serem incorporados ao SBS há um curso de saltos de paraquedas de quatro semanas.

Mergulhador do SBS com a sacola Avon Rubber As patrulhas de meia seção do SBS, formada por quatro homens, estão equipadas com o fuzil M16A2 e lançadores de granada M203, mas utilizam ainda sub-metralhadoras H&K MP-5 e pistolas Browning Hi-Power. O fuzil sniper é o L96A1 e as armas de apoio incluem o morteiro de 51 mm e mísseis anti-tanque portáteis LAW, de 66 mm. Entre os equipamentos de patrulha estão os óculos de visão noturna (NVG), explosivos plásticos, designadores laser, transmissores-interferidores e sacolas impermeáveis Avon Rubber. As equipes SBS costumam carregar três kits: o de "fuga e evasão" com dispositivos de sobrevivência; o de "cinturão" com pistola, faca, linha de pesca, cantil, munição e cordas; o de "fardo" contém comida extra, roupas secas e um poncho a prova de água.

Os botes utilizados incluem os de remo, os dobráveis Klepper Mk13 e os infláveis Gemini com motores de popa de 40cv. Contam ainda com o Kestrel, bote dobrável para três pessoas, pequeno o suficiente para ser atado à perna, em saltos de paraquedas. O uniforme é o padrão dos fuzileiros britânicos e a boina é a verde dos Comandos e as insígnias incluem as asas da tropa paraquedista no ombro direito, combinadas com a inscrição SC (Swimmer Canoeist) circundada por folhas de louro, no antebraço.

Na Guerra das Malvinas, seus homens foram os primeiros a chegar à ilha Geórgia do Sul, em um Hércules C-130, saltando no mar onde um submarino os recolheu. A seguir, utilizando barcos Gemini alcançaram a praia, ajudando na preparação de sua retomada dias depois. Na baía de San Carlos, durante doze dias, fizeram o reconhecimento dos pontos de desembarque e silenciaram o posto argentino em Fanning Head que vigiava a área.





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