Operação Eagle Claw O que saiu errado na operação para resgatar os reféns americanos no Irã? |
O presidente Jimmy Carter se recusou a ceder às exigências, cortou relações diplomáticas com o Irã e iniciou um embargo comercial contra o país. Após meses sem resultados e vendo as eleições americanas se aproximando, Carter autorizou uma solução militar para o impasse: nome-código Operação Eagle Claw (Garra de Águia). O plano previa que uma equipe Delta iria de Omã para Desert One, um ponto no deserto 490 km a sudeste de Teerã, em aviões C-130 voando a baixa altitude para evitar os radares. Ao mesmo tempo oito helicópteros RH-53D da Marinha, partiriam do porta-aviões USS Nimitz a 80 km da costa e se juntariam ao grupo principal no deserto. Neste local, os seis C-130 ficariam estacionados, um grupo controlaria uma estrada próxima e os demais seguiriam nos RH-53D até a capital iraniana, onde guiados por agentes infiltrados, tomariam a embaixada, resgatando os reféns e levando-os para uma pista de pouso em Manzarieh, 56 km ao sul, de onde voariam para casa em aviões C-141.
Com apenas cinco aparelhos era impossível completar a missão e toda a operação foi cancelada, após rápida discussão com o centro de controle, no Egito. Nunca ficou claro se essa decisão foi tomada em Washington, Wadi Kena (Egito) ou lá mesmo em Desert One. Mas o pior estava por vir. Eram 2:40h quando o helicóptero n° 3 tentou decolar, não manteve sustentação, bateu num C-130 e ambos explodiram, com a morte de oito homens, mas salvando-se 64 membros do Delta que estavam no avião. Todos os helicópteros foram abandonados e toda a tropa envolvida voltou em três C-130. Para analistas, o fracasso de todos os seus esforços para libertar os reféns e o fim trágico da missão de salvamento, custou a Jimmy Carter a reeleição. Ironicamente, no dia em que o eleito Ronald Reagan prestou juramento como presidente, em 20 de janeiro de 1981, o Irã libertava o último dos reféns. |
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