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revolução dos UCAV |
Quem detinha maior domínio dos céus, aniquilando as defesas aéreas e terrestres do inimigo, fatalmente ganhava a batalha. Mas por melhor que fosse a aeronave, sem um piloto bem treinado para utilizá-la ela não teria a mesma efetividade como arma, nem provocaria a mesma paixão pela aviação militar que muitos ao redor do mundo compartilham. Hoje um meio aéreo, criado para reconhecimento por controle remoto, o UAV (Unmanned Aerial Vehicle ou Veículo Aéreo Não Tripulado), toma boa parte das discussões sobre o futuro dos aviões de combate. Isto porque agora temos também o UCAV (Unmanned Combat Aerial Vehicle), versão armada daquelas pequenas aeronaves, usado em 2003 durante a "Operação Anaconda", no Afeganistão, quando um Predator RQ-1 equipado com um míssil AGM-114 Hellfire destruiu um veículo com dirigentes da Al-Qaeda e do Taliban, mostrando seu grande potencial como arma estratégica.
Muitos acreditam que estes pequenos aviões deverão substituir totalmente os caças e bombardeiros tripulados nas guerras futuras, talvez dentro de uma ou duas décadas, tornando impotentes caças de quarta geração de US$ 100 milhões a unidade. Pode até ser que a previsão se concretize, mas se isto ocorrer a aviação perderá muito de seu charme. Serão robôs que farão todo o serviço, máquinas que mesmo dotadas de inteligência artificial, ficarão a mercê de quem as programou (homens que podem errar) e não haverá certeza que cumprirão a missão sem destruir o alvo errado ou matando inocentes. Desalentador será não vermos mais os F-16, SU-27, Gripens, Mirages, sem falar nos recentes Typhoons, Rafales, Raptors e JSF rasgarem os céus com suas poderosas turbinas a mil, a povoar nossa imaginação, fazendo-nos crer que em seu comando está um autêntico ás moderno bem treinado e com anos de experiência, capaz de tomar decisões próprias e em momentos críticos, no calor do combate, alterar o rumo da missão se necessário. |