Projeto
FX - Solução e perspectivas |
Embora não possa utilizar mísseis BVR nem possua datalink, o Mirage 2000C utiliza um radar RDI pulso doppler com alcance de 54 milhas náuticas com capacidade look-down e ar-solo, comandos fly-by-ware, sensores RWR, equipamentos de guerra eletrônica, sistemas de navegação avançados e um motor mais potente e eficiente. Tudo isto a um custo bem razoável, em torno de 5 milhões de euros por aeronave, aproximadamente 1/7 do preço de um Mirage 2000-5 Mk2 novo. Os armamentos seriam os mesmos utilizados pelos franceses entre eles os mísseis R 550 Magic 2 e o Super 530D, bombas a laser ou convencionais e algumas do arsenal da FAB, após processo de integração com os sistemas do Mirage 2000C. O grande problema é que as aeronaves serão entregues em três lotes de quatro unidades cada, nos anos de 2006, 2007 e 2008, mas a FAB está trabalhando para trazê-los o quanto antes.
Mas considerando que no futuro a Política de Defesa Nacional seja levada a sério por nossos políticos e pela sociedade, alocando recursos orçamentários compatíveis com as necessidades das Forças Armadas de um país que pretende ser respeitado internacionalmente, o Rafale teria boas chances de ser nosso vetor principal, aproveitando-se a parceria da Dassault com a Embraer, o bom momento do relacionamento Brasil-França e a diminuição do custo unitário com o aumento das encomendas. A idéia da FAB é substituir ao longo do tempo não só os Mirage, mas também os F-5BR e os AMX A-1, por uma única aeronave multi-função, reduzindo despesas operacionais e de logística. Portanto os valores envolvidos serão significativos, fazendo com que os fabricantes travem uma "guerra" comercial intensa para ganhar o contrato. Mas as variáveis também serão muitas, com pesos diferentes, o que obrigará a Força Aérea Brasileira a ter o mesmo profissionalismo demonstrado até aqui na hora de definir o que deseja para o seu futuro. |