Ranking
do Poder Militar na América do Sul - 2015 / 2016 |
O
presente estudo foi elaborado utilizando-se uma metodologia
exclusiva desenvolvida pelo Military Power Review, onde foram
analisados fatores militares, econômicos e geopolíticos
de cada país, atribuindo-se pontos e um peso para cada item
de acordo com sua importância, que em sua totalidade refletiram
a escala de poder das principais nações sul-americanas: |
País |
Exército (pontos) |
Marinha (pontos) |
Força
Aérea (pontos) |
Efetivos / Pop. (pontos) |
G.M.
/ PIB (pontos) |
EDN (pontos) |
P.E.
(pontos) |
Total
de pontos |
Ranking |
Brasil |
354 |
175 |
405 |
10 |
30 |
10 |
60 |
1.044 |
1º |
Chile |
240 |
107 |
243 |
30 |
30 |
-10 |
20 |
660 |
2º |
Peru |
268 |
134 |
168 |
30 |
30 |
-40 |
40 |
630 |
3º |
Venezuela |
261 |
86 |
216 |
30 |
20 |
-10 |
25 |
628 |
4º |
Colômbia |
91 |
84 |
317 |
40 |
50 |
0 |
40 |
622 |
5º |
Argentina |
259 |
93 |
89 |
20 |
30 |
-20 |
35 |
506 |
6º |
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Análise: |
A Argentina por sua vez elegeu um novo presidente, Mauricio Macri, também com a dura missão de recolocar a Economia argentina nos eixos, controlar o deficit fiscal e fazer o país voltar a crescer a partir de 2017. De todos os países do continente, talvez a pior situação seja as das Forças Armadas argentinas, submetidas a anos de descaso com o orçamento para a área, obrigada a conviver com constantes contingenciamento de verbas, que mal cobriam as despesas de custeio. E isso se refletiu em seus baixo desempenho no Ranking deste biênio. A economia do maior produtor mundial de cobre, o Chile, cresceu menos do que o esperado devido aos baixos preços do metal no mercado internacional. Some-se a isto um ambiente político onde a presidente Michelle Bachellet enfrenta os piores indíces de aprovação de seu governo. A Lei do Cobre que garantia uma parte dos recursos oriundos da exportação de cobre para as Forças Armadas sofreu alterações, diminuindo os valores a serem repassados. Ainda assim um orçamento realista para a Defesa tem sido assegurado ano após ano, permitindo a programação de investimentos no longo prazo e mantendo as Forças chilenas entre as mais bem equipadas e organizadas da América do Sul. A Colômbia parecia estar colocando uma pedra sobre seu passado conturbado com a assinatura do acordo de paz entre o governo e as FARC, que favorecia ainda mais o crescimento de sua Economia nos próximos anos, cujo PIB segundo analistas ultrapassaria o da Argentina, tornando-se o segundo do continente, atrás apenas do Brasil. Inclusive as Forças Armadas já faziam estudos para reduzir seu aparato militar que crescera muito nos últimos anos graças ao apoio dos Estados Unidos, devido a diminuição da ameaça que as FARC representavam. Porém, em 2 de outubro de 2016, em uma decisão surpreendente, os colombianos foram às urnas e rejeitaram os termos do acordo de paz proposto pelo presidente Juan Manuel Santos. Agora só resta aguardar os próximos acontecimentos para sabermos se realmente o fragelo da guerra civil na Colômbia terá um ponto final. No Peru o Congresso concedeu poderes legislativos ao novo presidente por um período de 90 dias. Isso deve acelerar os a tomada de decisão em relação a certas medidas fundamentais, uma vez que o governo não terá de solicitar a aprovação do Parlamento para assuntos que incluem o estímulo à Economia, saúde e segurança pública e a reorganização da empresa estatal de petróleo Petro-Perú. No entanto, o espaço fiscal que o governo tem para realizar os projetos prometidos continua apertado. Para atrair o investimento estrangeiro, o Presidente Kuczynski viajou recentemente para a China para reforçar relações económicas já importantes entre o Peru e o gigante asiático. Quanto as Forças Armadas a uma percepção da necessidade de se modernizar diversos equipamentos e de se garantir recursos mínimos para investimentos. Na Venezuela
não há fim à vista para a crescente crise
econômica e política, enquanto o governo tenta
contornar a Assembléia Nacional controlada pela oposição
para aprovar o seu orçamento. O presidente Nicolas Maduro
que governa o país com mão de ferro parece ter
a cada dia menos controle da situação política
e econômica, com constantes manifestações
populares e greves nacionais contra seu governo, agravadas por
um sério problema de desabastecimento que afeta com mais
rigor as camadas mais baixas da população, onde
se encontram a maioria de seus apoiadores. A produção
de petróleo, que é responsável por 96%
das divisas que ingressam no país, caiu mais de 20% nos
últimos seis anos, agravando ainda mais a situação
econômica. O governo continua investindo na compra de
material bélico predominantemente de origem russa e chinesa.
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Situação
atual e perpectivas: |
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Notas
importantes: > Exército: pontuaram tanques pesados (MBT), blindados 6x6 e 8x8 artilhados, blindados de transporte de tropas, canhões autopropulsados e helicópteros. >.Marinha: pontuaram navios-aeródromos, submarinos, fragatas, corvetas, navios de patrulha, helicópteros e aviões de esclarecimento marítimo/patrulha/anti- submarinos. > Força Aérea: pontuaram aviões AEW&C/SR, caças, aviões de ataque (a jato), aviões leves de treinamento/ataque, aeronaves de transporte/reabastecimento em vôo e helicópteros. > Efetivos / Pop. = índice do total de efetivos das três Armas em relação à população do país. Quanto maior este índice maior a pontuação recebida (de 10 a 50 pontos). > G.M./ PIB = índice dos gastos militares em relação ao Produto Interno Bruto(PIB). Quanto maior este índice maior a pontuação recebida (de 10 a 50 pontos). > EDN = Estratégia de Defesa Nacional: considerou-se planejamento de longo prazo, vontade política, interesse no fortalecimento das Forças Armadas, indústria bélica e Política de Defesa Nacional. > P.E. = Projeção Estratégica: considerou-se a população total, área do país, efetivos militares, Produto Interno Bruto (PIB), capacidade de mobilização e atuação em missões de paz da ONU. > Nota do editor 1: A partir da edição 2008, alteramos a pontuação de alguns equipamentos para que refletissem melhor a sua importância, o que fez a pontuação final de cada país aumentar em relação aos resultados de 2004 e 2006. > Nota do editor 2: A partir da edição 2010, resolvemos ponderar o estágio atual da indústria e o grau de obsolescência dos armamentos, com o intuito de melhor refletir o real poder de disuassão de cada país. > Nota do editor 3: A partir da edição 2012, alteramos consideravelmente a pontuação pela quantidade de aeronaves de caça das Forças Aéreas e de carros de combate (MBT) dos Exércitos, o que evidentemente elevou a pontuação final de cada país em relação aos anos anteriores. > Nota do editor 4: A partir da edição 2014, passamos a considerar também o nível de investimento de cada país na aquisição de novos equipamentos, no referido período. |